A valorização e a resiliência das companhias estão diretamente ligadas à qualidade da governança corporativa. Quando bem estruturada, ela cria um sistema de direção e controle que equilibra poder, responsabilidade e transparência, garantindo que decisões estratégicas estejam alinhadas à ética, à sustentabilidade e ao interesse de longo prazo da organização, dos acionistas e das demais partes interessadas.
Mais do que um conjunto de normas, a governança define como a empresa toma decisões, administra riscos e alinha interesses entre sócios, administradores e stakeholders. Nesse contexto, o Conselho de Administração desempenha papel central: é o órgão que conecta estratégia, controle e propósito, assegurando que o desenvolvimento empresarial ocorra de forma transparente, ética e coerente com os objetivos institucionais.
O Conselho atua como guardião dos valores e do objeto social da organização. Sua atuação técnica e orientada ao melhor interesse da companhia contribui para o crescimento do negócio e para evitar colapsos em momentos de crise, seja diante de instabilidade financeira, operacional ou reputacional.
Escândalos recentes noticiados pela imprensa mostram que a perda de confiança dos investidores e do público não decorre apenas de dificuldades financeiras, mas também da percepção de falhas institucionais, fragilidade de supervisão e falta de transparência nas decisões estratégicas. Quando o Conselho não exerce seu papel de forma efetiva, o valor de mercado e a reputação da empresa podem ser afetados de forma substancial.
Aprimorar a governança, inclusive por meio do fortalecimento do Conselho de Administração é, portanto, essencial para proteger o valor, a sustentabilidade e a credibilidade das empresas, assegurando perenidade e confiança no mercado.