Por décadas, o crédito empresarial no Brasil veio quase exclusivamente dos bancos, via linhas do Sistema Financeiro Nacional (SFN), mas isso vem mudando como destaca o Banco Central (Estatísticas Monetárias e de Crédito | Julho/2025), que registra que títulos privados de dívida, títulos securitizados representam uma maior fatia da oferta de crédito.
Na prática, o mercado de capitais deixou de ser um “clube fechado” e passou a oferecer soluções para perfis variados, como debêntures, Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e fundos de investimento, como os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC). Essas alternativas ajudam a alongar prazos, diversificar fontes e reduzir o custo de capital, preservando caixa para expansão e aquisições.
O outro lado da moeda é a necessidade de planejamento, estruturação contratual e gestão de riscos — garantias, obrigações e limites contratuais, tributação e governança dos dados de recebíveis — para que o ganho financeiro venha com segurança jurídica.
Em síntese, o crédito via mercado de capitais já rivaliza com o bancário e oferece soluções sob medida para diferentes empresas. Preparação, dados de qualidade e execução disciplinada são determinantes para capturar valor; e, nesse cenário, orientação independente e qualificada faz diferença do desenho à execução.